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Do céu ao inferno: a crise do futebol catarinense

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(Foto: Tarla Wolski/NSC Total)
Com a derrota para o Botafogo por 1 x 0 em plena Arena Condá, na última quarta-feira, a Chapecoense acabou rebaixada à série B do campeonato brasileiro pela primeira vez na sua história. Desta forma, uma vez que o Avaí havia sido rebaixado ainda na rodada 33, Santa Catarina ficará sem representante na elite do futebol nacional em 2020. O que escancara uma gigantesca crise no futebol do estado. A última vez que o futebol barriga verde ficou sem nenhum representante na série A do brasileirão foi em 2001, quando o Figueirense conseguiu o acesso da série "B" para a "A". Foram, portanto, 18 anos seguidos de Santa Catarina na principal competição da CBF. O melhor ano do estado, pode-se assim dizer, foi em 2015, quando teve quatro clubes disputando a competição.

Criciúma e Figueirense disputam a série B e também têm campanhas desastrosas. O primeiro acabou rebaixado antes mesmo do campeonato acabar, enquanto que o time da capital é apenas o 16º na classificação faltando apenas uma rodada para o término do certame. Já na série D, o Joinville, que chegou a estar na elite nacional em 2015, foi o lanterna de seu grupo. O único destaque esportivo do estado no ano ficou por conta do Brusque, que além do acesso à série C 2020, de quebra ainda sagrou-se campeão da quarta divisão brasileira.

(Foto: Reprodução/Twitter Brusque FC)
Mas a crise futebolística está longe de ser apenas dentro de campo. Salários atrasados tornaram-se comum por aquelas terras. A própria Chapecoense, que chegou a ser exemplo de gestão, e, por conta disso, conquistou a Copa Sul-Americana em 2016, deve vários meses de direitos de imagem aos atletas. O caso mais grave, no entanto, é o do Figueirense. A crise chegou num ponto em que os atletas do clube resolveram não entrar em campo em partida contra o Cuiabá, em 20 de agosto, em virtude de atraso de salário, direitos de imagem e até mesmo  o não recolhimento de FGTS. O clube foi multado em R$ 3 mil pelo WO.

Outro caso gritante - e talvez o pior de todos - de péssima administração é o do Joinville. A equipe em 2015 esteve na série A e, hoje, apenas quatro anos depois, sofre para disputar a última divisão do futebol brasileiro.

É hora da federação catarinense e os clubes, principalmente, refletirem, observarem onde erraram e aprenderem com os erros. Além, é claro, de serem mais responsáveis com o patrimônio dos clubes para reverterem a péssima situação em que se encontram. Os exemplos estão em casa, não precisa ir muito longe para buscar inspiração, é só olhar para trás. Basta querer.

Rebaixamento não acontece por acaso. 


Abraços e até a próxima.

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