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Hinos e Mascotes: a história por trás da glória - Flamengo

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Foto: Torcida Flamengo.

Este longo período sem futebol deixou/está deixando todo mundo entendiado, não é verdade? É inegável que o futebol é um meio de socialização enorme. Que atire a primeira pedra quem nunca sentou num boteco e passou horas dando aquela zoada no amigo que perdeu aquele clássico ou xingando aquele jogador perna-de-pau que não sai do time por nada. 

Não se sabe ao certo quando o futebol irá retornar e consequentemente quando essas reuniões amigáveis também voltarão. E nem o noticiário futebolístico normal. Sem jogos, é óbvio que as informações serão mais sucintas. O assunto em foco é outro. E deve ser assim. No entanto, nós, amantes do esporte mais popular do planeta, encontramos uma forma de manter acesa esta chama conhecida por futebol. Lançamos hoje a mais nova série do Futeboliza: Hinos e Mascotes: a história por trás da glória. Nela, cada semana será retratada a história do hino e do mascote dos 20 clubes que disputarão o Brasileirão 2020. Afinal de contas, quem nunca quis saber a razão por tal time ter determinado mascote como representante oficial? Curiosidade e informação, esse é o lema para esta mais nova série do blog. Esperamos que gostem.

E para começar, nada mais justo que ser pelo atual campeão brasileiro, o Clube de Regatas do Flamengo.

Mascote

Tudo começa na década de 1960. Com provocações de cunho racista, torcedores rivais chamavam os flamenguistas de "urubus", tendo em vista que a ave é conhecida como feia e carniceira. Tal apelido nunca foi bem recebido entre os rubro-negros, até 31 de maio de 1969, quando um grupo de torcedores foi até um lixão e capturou um urubu com o intuito de levá-lo ao estádio no dia seguinte, no clássico frente ao Botafogo. Dito e feito. Esses aficionados "prepararam" a ave em um apartamento e, no domingo, assim que os jogadores do Flamengo adentraram no gramado, soltaram o bicho enrolado em uma bandeira do clube. Este, voou até o gramado. Neste instante, a massa flamenguista ecoou gritos de "É Urubu!" em um Maracanã lotado. E o bichano foi pé quente, com gols de Arilson e Doval, o Flamengo derrotou o Botafogo pelo placar de 2 x 1 e de quebra acabou com um jejum de quatro anos sobre o rival. A partir de então o Urubu passou a ser definitivamente o mascote do clube, substituindo o marinheiro Popeye, que representava às origens náuticas do rubro-negro, bem como a bravura do clube. O mascote foi estilizado pelo cartunista Henfil.

Curiosidade: em 2000 o urubu ganhou um nome oficial, Samuca, no entanto o nome não agradou a torcida, que continuou chamando o mascote apenas por "Urubu".


Hino

O hino oficial do Flamengo foi composto em 1920 por Paulo Magalhães, que chegou a ser goleiro do time em quatro oportunidades durante os anos de 1918 e 1919. Porém, o hino só foi gravado pela primeira vez 12 anos depois, por Castro Barbosa, e registrado no Instituto Nacional de Música apenas em 1937.

Hino oficial: Flamengo, tua glória é lutar
Autor: Paulo Magalhães

Flamengo! Flamengo!
Tua glória é lutar!
Flamengo! Flamengo!
Campeão de terra e mar!

Saudemos, pois, com muito ardor,
o pavilhão do nosso amor,
Preto e encarnado,
Idolatrado,
Dos mil campeões o vencedor.

Flamengo! Flamengo!
Tua glória é lutar!
Flamengo! Flamengo!
Campeão de terra e mar! 

Lutemos sempre com valor infindo,
Ardentemente, com denodo e fé,
Que o seu futuro inda será mais lindo,
Que o seu presente que tão lindo é!

Flamengo! Flamengo!
Tua glória é lutar!
Flamengo! Flamengo!
Campeão de terra e mar!


No entanto, o hino popular (hino não-oficial) do Flamengo é outro. Com letra e música de Lamartine Babo e gravado pela primeira vez por Gilberto Alves em 1945, o "Uma Vez Flamengo, Sempre Flamengo", caiu nas graças da torcida e passou a ser entoado nas conquistas do rubro-negro desde então.

Hino popular: Uma vez Flamengo, Sempre Flamengo
Autor: Lamartine Babo

Uma vez Flamengo,
Sempre Flamengo.
Flamengo sempre eu hei de ser
É o meu maior prazer
Vê-lo brilhar
Seja na terra,
Seja no mar.

Vencer, vencer, vencer
Uma vez Flamengo,
Flamengo até morrer!

Na regata, ele me mata,
Me maltrata, me arrebata
De emoção, no coração
Consagrado, no gramado
Sempre amado, o mais cotado
nos Fla-Flus é o ai-Jesus

Eu teria
Um desgosto profundo
Se faltasse,
O Flamengo no mundo.

Ele vibra, ele é fibra
Muita libra já pesou
Flamengo até morrer eu sou.


Curiosidade: o termo "ai-Jesus causa polêmica até hoje. Muitos acreditam que a expressão é referente ao Fla-Flu, todavia, se trata de uma expressão da época que quer dizer "o predileto, o mais querido".


O primeiro episódio de Hinos e Mascotes: a história por trás da glória  termina aqui. Esperamos que gostem desta mais nova série do Futeboliza. Semana que vem tem mais. Até lá.



Abraços e até a próxima.

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